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Arquitetos: Elisa Albuquerque
- Área: 64 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Julia Tótoli
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Fabricantes: Gauss Revestimentos, Pisobras, Tião Piauí
Descrição enviada pela equipe de projeto. Enquanto não chega o sonhado apartamento nas quadras tradicionais de Brasília, André e Phublio precisavam de um lar. Um lar temporário, mas que fosse, sobretudo, um lar. E tinham pressa: precisavam se mudar e gostariam de terminar a reforma em menos de 3 meses. Estabelecemos um cronograma ambicioso e, apenas 70 dias depois da primeira reunião, eles se mudaram.
Quando escolheram este apartamento, priorizaram a varanda e a proximidade às amenidades do condomínio, que fica à beira do Lago Paranoá, em Brasília. Quanto ao espaço interno, pretendiam limitar a reforma à cozinha, mas, no decorrer do projeto, se apaixonaram pelo processo e foram além. A demanda era transformar o espaço genérico e frio em algo que fosse, apesar de temporário, agradável e confortável.
A estratégia adotada foi a de incluir materiais que trouxessem texturas e cores acolhedoras. O quarto ganhou uma cabeceira de palha de taboa, tramada no local por artesãos da tradicional feira de artesanato da Torre de TV de Brasília, além de um grande espelho. A parede divisória dos dois ambientes foi revestida em tijolinhos brancos. Também foi retirado o forro do teto para expor a laje nervurada que estava escondida pelo gesso. A maior intervenção foi feita na cozinha, onde optamos por uma generosa bancada de granitina moldada no local, em peça única sem divisórias, que se dobra em rodabanca e, ainda, em uma pequena prateleira que cria o arremate com a marcenaria.
Considerando a intenção de limitar as intervenções, a única alteração na planta consistiu em mover e aumentar a porta que divide os dois ambientes, criando uma porta dupla de correr que aparece livre na sala e, no quarto, abriga os armários. O closet e a mesa de trabalho foram integrados ao quarto de forma a manter o ambiente o mais amplo possível.
Também fez parte da estratégia que todos os pontos de iluminação estivessem abaixo do nível dos olhos. Sem iluminação de teto, optamos por arandelas de parede, luminárias de chão e pendentes. A iluminação é gentil, difusa e, em grande parte, dimerizada, o que garante conforto aos olhos e permite controle localizado.